Lembro que quando me inscrevi para o Jamboree mundial faltava muuuuito tempo para acontecer e, de repente, me vi arrumando a mochila para o melhor acampamento da minha vida. Mas a ficha ainda não tinha caído. Chegamos. A princípio parecia um acampamento normal, estava chovendo e um staff, quem faz todo o apoio, nos levou até o nosso campo, onde deveríamos montar a barraca. Os nossos vizinhos estadunidenses ajudaram bastante porque chovia muito. E o engraçado é que eles especam a barraca em 90°, muito interessante e diferente. E a chuva não cessava. Foi nesse momento que sentimos a força do escotismo: todo mundo encharcado, com frio e com fome, mas presente. Presente no sentido de ajudar, de fazer o que era necessário até o fim, porque um escoteiro nunca desiste.
Terminamos a montagem do campo, e mesmo ouvindo ao meu redor, pessoas gritando em inglês, espanhol, francês e em outros idiomas nem compreendidos por mim, ainda assim não tinha caído a ficha de que eu estava no 24° Jamboree Mundial. Mas esse sentimento não durou muito tempo, pois no dia da abertura, no meio de todos aqueles 40.000 mil jovens, me senti parte de um novo mundo. Um mundo de esperança em que cada um de nos, como escoteiros, temos orgulho de ser a vanguarda.